24 de julho de 2019

Mestranda da FDSM participa do 3º Congresso Internacional Povos Indígenas da América Latina

A mestranda Bruna Monique Machado Simões.


Nos dias 3 e 5 de julho de 2019 a mestranda da FDSM e bolsista Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior)  Bruna Monique Machado Simões participou, com apoio financeiro da FDSM, do 3º CIPAL (Congresso Internacional Povos Indígenas da América Latina), realizado na Universidade de Brasília (UnB)/DF. O evento, cuja temática central foi “Trajetórias, narrativas e epistemologias plurais, desafios comuns”, reuniu pesquisadores indígenas e não indígenas de diversos países e áreas do conhecimento para o intercâmbio de ideias. O objetivo foi promover diálogos interculturais e uma perspectiva comparativa sobre processos (históricos e contemporâneos) relativos aos povos indígenas na América Latina. Ocorreram também debates sobre questões ético-políticas envolvidas na produção de conhecimento sobre e/ou junto a povos indígenas, visando fortalecer e refletir sobre a emergência de intelectuais indígenas no campo acadêmico.

"Meu trabalho teve como título “Elementos do bem viver na Convenção nº 169 da Organização Internacional do Trabalho”. O bem viver condiz com uma complexidade de práticas sociais voltadas à constantes produções e reproduções, de uma sociedade democrática e igualitária, por meio de suas próprias tradições históricas e sua subjetividade. Apresentando-se de forma alternativa ao modelo assimilacionista de sociedade, imposto pelas relações de poderes por parte das elites com a farsa de uma democracia dominadora, em que a vida social jamais foi igualitária. Nesse contexto, é necessário uma construção distinta do paradigma assimilacionista, ultrapassando o caráter hegemônico, possibilitando a prática de um modo existencial social alternativo, com a efetiva participação dos povos indígenas em assuntos que interfiram em suas trajetórias, garantindo a sua efetivação por meio do diálogo e outros mecanismos, perpassando esse enfoque que usualmente se tem, diante de ser possível apenas o seu consentimento. A autodeterminação e a consulta prévia são direitos que traduzem o bem viver indígena na Convenção 169 da OIT, dando aos direitos humanos da pessoa indígena a relevância jurídica necessária para sua efetivação na prática", destacou Bruna.

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