O professor Rafael Simioni e os alunos do curso de Fotografia e Direito da FDSM. |
No dia 19 de setembro foi realizado o último encontro do primeiro módulo do curso de Fotografia e Direito, do Núcleo de Arte e Cultura da FDSM. Sob a coordenação e orientação do Prof. Dr. Rafael Lazzarotto Simioni, o curso se desenvolveu através de reuniões quinzenais, com abordagens sobre técnica fotográfica, controles e domínio de câmera, ótica e iluminação, bem como sobre técnicas e conceitos de composição fotográfica, história da arte, além de duas saídas fotográficas: uma na própria faculdade e outra no Mercado Municipal de Pouso Alegre.
“O objetivo deste primeiro módulo foi desenvolver habilidades de criatividade, inteligência emocional e autoconhecimento dos alunos. A fotografia é um importante meio de compreensão da nossa relação com o mundo. Aquilo que fotografamos e o modo como fotografamos diz muito mais sobre nós, nossa história e nossa cultura, do que sobre o que estamos registrando na câmera”, destacou Rafael Simioni. Segundo o Professor, “a relação que estabelecemos com o direito em geral ecom a dignidade, cidadania, liberdade, igualdade e integridade em especial, são relações construídas simbolicamente através de diversas formas de discursividade. Na história da arte e inclusive na história recente da fotografia podemos entender como os artistas foram construindo, através das suas obras, a imagem visual do direito, da justiça e da política”, explicou Rafael.
A última aula do módulo abordou as diferentes formas de representação artística do direito na história da arte e na fotografia. O tema central foi Arte e Direito: formas de construção artística do imaginário do direito. "Quando observamos o modo como os artistas medievais e renascentistas representavam temas como direito, justiça, prudência e temperança, que são as noções que faziam parte do sistema de discursividade do direito daquela época, podemos perceber um padrão muito recorrente. Praticamente todas as obras de arte importantes constroem a imagem bíblica do julgamento final ou juízo final separando a justiça em dois planos: um plano superior, da justiça divina, celestial, perfeita; e outro plano inferior, da justiça dos homens, terrena e corrupta. No plano da justiça superior há anjos, santos e bons. No plano inferior, pecadores, monstros, bestas, incubus e succubus promovendo dor, sofrimento e morte", concluiu o coordenador.
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